quarta-feira, 19 de junho de 2013

Exposição de Fotografia - Mateus: (Re)cantos e Encantos... - Catálogo (I parte)









Mensagem do Presidente da Junta de Freguesia de Mateus

A exposição “Mateus – (re) cantos e encantos” que integrámos entre os vários eventos que fazem parte da 1ª Quinzena Cultural de Mateus, resultou de um convite feito ao mestre em História Contemporânea, Dr. António Adérito Alves Conde.
Trata-se de um “filho da terra” que tem investigado o passado da nossa freguesia e possui um largo repositório fotográfico e documental sobre a freguesia de Mateus. É fundador e administrador de vários espaços nas redes sociais que visam dar a conhecer, à escala global, o passado e o presente de Mateus e pretende servir de espaço de diálogo entre os mateusenses no exterior.
  Acredito que este evento cultural ora realizado pela J. F. de Mateus poderá ter o mérito de projectar a nossa freguesia à escala local e regional e, estou certo, será uma iniciativa que interessará aprofundar nos seus objectivos, nomeadamente culturais, e susceptível de ganhar uma periodicidade anual.             
            Contamos, para isso, com o apoio da população da nossa freguesia e da nossa região a quem apelamos à fruição e participação no vasto conjunto de eventos que fazem parte desta iniciativa.
                                                                Artur Ribeiro de Carvalho                                                   

                                                           
 Biografia do autor
. Nascido na freguesia de Adoufe em 1957, foi criado desde os cinco anos de idade em Mateus (Lugar de Abambres) tendo frequentado as escolas da Rechã e Abambres onde foi aluno do professor Raul Botelho, personalidade que em muito marcou a sua orientação e formação académica.
. Frequentou, como trabalhador-estudante, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto onde concluiu a licenciatura em História e o mestrado em História Contemporânea com a dissertação “João Evangelista Vila Real – uma biografia para além do enredo camiliano”; trata-se de uma biografia histórica sobre uma figura natural da Samardã que é a personagem principal de uma novela de Camilo Castelo Branco.
. É técnico superior do município de Vila Nova de Gaia onde desenvolve trabalho na Biblioteca Pública, no âmbito da história local.
. Tem participado em congressos, seminários, jornadas e eventos culturais, com comunicações na área da história e da biografia histórica, alguns deles publicados.
. É investigador na área da história local, da história contemporânea e da biografia histórica tendo em mão vários projectos de investigação, entre outros, sobre a freguesia de Mateus e algumas temáticas da história local vila-realense. 
. É associado e dirigente associativo em algumas instituições da área cultural.
.Tem mantido uma ligação estreita e permanente com a freguesia de Mateus onde cresceu conhecendo, por experiência própria, a dura realidade da actividade agrícola dos praceiros e tendeiros.
. Fundou e administra, nas redes sociais, espaços que visam dar a conhecer a história da freguesia de Mateus e promover a aproximação dos mateusenses na diáspora.

Mensagem do autor

Com a exposição que ora se apresenta, que titulei “Mateus – (re() cantos e encantos”, pretendo partilhar, com os meus conterrâneos e visitantes, um conjunto de imagens recolhidas, na maioria, nas manhãs domingueiras,  pelos arruamentos e antigos caminhos vicinais da nossa freguesia.  A motivação para as minhas deambulações matinais teve como objectivos imediatos a inventariação e reavaliação do(s) património(s) da nossa freguesia, a memória dos lugares da infância e juventude (onde corria, por curiosidade, à procura dos ninhos, ou na recolecção de “frades” ou medronhos por Outeiro de Lobos ou Lamas de Monte), o diálogo com pessoas que conservam memórias da história e memória da freguesia, o melhor conhecimento do espaço geográfico, tudo isto aliado ao compulsivo desejo de caminhar.
A recolha de imagens, sempre presente nos meus itinerários, tem tido, até ao momento, um sentido mais instrumental e funcional, de apoio às minhas pesquisas históricas, do que propriamente artístico. Isto por uma questão de racionalização do tempo, esse bem escasso que nem sempre deixa transbordar a sensibilidade e a poesia que existe dentro de nós.
 Assim, de entre o vasto repositório de imagens que possuímos, dos vários lugares da nossa freguesia, foi possível destacar um conjunto de cerca de 100 imagens, que abrangem temáticas como as antigas casas senhoriais, os brasões, o património religioso, os edifícios públicos, as novas urbanizações, o património vernacular (espigueiros, fontes, casa popular, etc), a arqueologia industrial, as curiosidades, as vinhas (não fosse Mateus uma terra de bons vinhos), a neve em Mateus, as vistas dos diferentes lugares e algumas curiosidades.
No “curtíssimo” espaço de um centenar de imagens procurámos traçar um roteiro cultural “possível”, do património de Mateus, que poderíamos recomendar ao visitante, com secreto orgulho pela nossa riqueza e variedade patrimonial, não deixando de lhe recomendar os bons espaços de alojamento ou de referência gastronómica.
Isto porque a nossa terra sempre soube receber bem os visitantes!

Apraz-nos registar que a nossa freguesia, e particularmente o nome MATEUS e a imagem do nosso ex-libris (o solar de Mateus) são conhecidos em todo o mundo. Nesse particular, Mateus é, para nós, uma espécie de “Património da Humanidade”, o que muito nos honra, como nos honra o facto de esse espaço magnífico atrair a Mateus a visita de milhares de turistas e de participantes nas dezenas de eventos de renome que, nas últimas décadas, aqui têm tido lugar.
Contudo a freguesia de Mateus tem outros patrimónios, nomeadamente o de natureza imaterial, como sejam as nossas festas e procissões, o nosso “bacalhau de Abambres”, o nosso Carnaval dos vários lugares da freguesia, o nosso “Enterro do Entrudo”, o nosso cancioneiro, a gastronomia nascida nas antigas tascas, as nossas lendas, e em sem-número de valores de natureza etnográfica.
São esses patrimónios as verdadeiras marcas da nossa identidade cultural, que urge preservar, estudar, conhecer e dar a conhecer (com contido orgulho) a quem chega a Mateus em visita à Casa de Mateus, aos restaurantes de renome da freguesia, ou às unidades hoteleiras.
Há uma outra imagem da freguesia que, a partir de agora, temos de mostrar ao visitante. Nesse sentido esta exposição pretende ser a pedra de toque para essa “ponte” que urge criar.
Uma palavra final para enaltecer o alto significado desta I Quinzena Cultural de Mateus, promovida pela nossa autarquia, que em boa verdade, pela diversificação de eventos, é o primeiro grande evento cultural de que há memória em Mateus. Oxalá ele tenha a maior adesão de todos os mateusenses, assuma um carácter de continuidade e que os habitantes de Mateus o sintam como um evento feito por eles e para eles, independentemente da natureza da entidade que o organiza.  
Com saudações pessoais do vizinho,                                  
                                        António Adérito Alves Conde


                                                       
Painéis de Imagens



                                                                
 







Data: 20.06.2013
Concepção e autoria: António Conde

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