quinta-feira, 20 de junho de 2013

Exposição de Fotografia “Mateus: (Re)cantos e encantos – parte IX

Roteiro Histórico em torno da Exposição – Parte IX (conclusão*)
Título: Fonte da Rabela – Navalhos (55)
Local: Navalhos
Situada junto dum ancestral caminho que, do Lugar de Urros, segue até Mouçós esta fonte, cuja actual estrutura de alvenaria deve remontar ao século XVIII, mais parece uma habitação que contém no seu interior um grande tanque que irrigava as terras mais altas da nossa freguesia. Correm lendas de que já existia no período da romanização e as mesmas referem e existência de um tesouro escondido nas suas imediações.

Título: Fonte de Santo Isidro – Abambres (56)
Local: Santo Isidro -  Abambres
A fonte de Santo Isidro situa-se não muito longe da capela do mesmo santo. Às suas águas, que dizem nascer por debaixo da capela, são atribuídas enormes qualidades que, contudo, nunca foram terapeuticamente comprovadas. É uma construção de meados do século  XVIII  esta fonte de mergulho que tem junto um tanque para lavagem de roupa, servido pelas águas sobrantes. Este, por sua vez, escoa para uma poça que serve para regar três prédios vizinhos, num regime de partilha de água, nos meses de Verão. Era a grande e única fonte pública do núcleo central de Abambres até à construção da fonte e tanques do Largo da Baralha, no início da década de 40 do século passado.

Título: Quinta de Urros e Carvalhada (58)
Local: Lugar de Urros
Num pequeno outeiro situado entre os lugares do Além, de Navalhos e de Urros, foi plantada esta mata de árvores exóticas que pretendeu  criar um espaço de lazer e de frescura no tempo quente. Na mata e imediações existem  estruturas de aproveitamento de água para rega e um “santuário” de espigueiros junto a uma eira,  barrão  e casa de caseiros.


Título: Canastro da Quinta da Levandeira (60)
Local: Fundo de Vila - Abambres
Tem “registo de nascimento”, no topo do madeiramento interior, com data de 05.11.1923, este espigueiro reconstruído na Quinta da Levandeira, em Abambres, em 1966. Em 1921 foi construído no lugar da Raia em terrenos da família Paula Vaz. Os portais são encimados com duas cruzes em granito, um símbolo da religiosidade popular em torno do valor do pão.


Título: Rua do Ribeiro - com solar ao fundo (63)
Local: Rua do Ribeiro
A Rua do Ribeiro era a “porta de entrada” na freguesia de Mateus, a quem a demandava, a partir de Arroios. Possui bons exemplares de casas oitocentistas e novecentistas. Há referências a uma antiga casa brasonada que aqui terá existido e de cujo brasão se desconhece o paradeiro. Há um conjunto de habitação popular, com quinteiro interior, onde existem outras habitações.


Título: Vale da Levandeira e Redonda (64)
Local: Levandeira e Lugar da Redonda
O vale da Levandeira é irrigado pelo ribeiro do mesmo nome que nasce no lugar da Lage e desagua no rio Corgo, junto à Quinta das Regadas. Era um vale de grande produtividade com muitos campos de milho  que era recolhido nos espigueiros da Casa de Urros. O lugar da Redonda era servido por uma caminho que, a partir da estrada real, demandava os lugares do Fundo de Vila e Largo da Baralha. Em 1907 um novo elemento veio perturbar o silêncio que por aqui se vivia – estamos a referir-nos ao comboio da linha do Vale de Corgo que, durante mais de 80 anos, aqui passou. Transpunha o ribeiro da Levandeira numa ponte em pedra, de um arco, ainda existente.


Título: Antiga Estrada Nacional 15 -  Boque (65)
Local:  Lugar do Boque
Na década de 60 de Oitocentos a freguesia de Mateus, nomeadamente os lugares do Lameirão e Moinhos do Rio Corgo, foram rasgados pela nova estrada, do período do Fontismo. Foi construída uma nova ponte, no lugar da Timpeira,  que foi alargada na década de 50 do séc. XX. Até aí as pontes que serviam Vila Real, sobre o Rio Corgo, eram a de Santa Margarida e a de Piscais. Antes da construção do troço do circuito de Vila Real, a velha estrada, a partir da ponte da Timpeira seguia pelo centro da povoação.


Título: Boneco no lugar do Fundo de Vila (79)
Local: Lugar do Fundo de Vila - Abambres
Do nevão do dia 10 de Janeiro de 2010, um dos maiores das últimas décadas, fixámos esta escultura efémera em neve, da autoria de Júlio Cunha.


* Os estudos aqui reproduzidos são da autoria de António Adérito Alves Conde e fazem parte do projecto "S. Martinho de Mateus - história, memória, património".

Nota:
Os presentes estudos, distribuídos em 9 partes, abrangem a  grande maioria das imagens expostas e foi feita a contextualização das que revelam interesse histórico, sem prejuízo da edição de um Catálogo impresso.

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