quarta-feira, 19 de junho de 2013

Exposição de Fotografia "Mateus: (Re)cantos e Encantos" - catálogo - parte III


Roteiro Histórico em torno da Exposição 


Título: Capela de Nossa Senhora dos Prazeres (7)
Local: Casa de Mateus
Esta é a segunda capela de Nossa Senhora dos Prazeres, a qual, embora coeva do palácio foi o último elemento a ser inaugurado. Existiu uma primitiva capela que remonta à data da instituição do vínculo de Nossa Senhora dos Prazeres, ao qual o Morgadio de Mateus estava vinculado. Este foi instituído pelo Licenciado António Álvares Coelho em 5 de Dezembro de 1641.


Título: Casa de Mateus – brasão da entrada (8)
Local: Casa de Mateus
Este portal foi construído em 1963, já que até aí a entrada se fazia pelo portão lateral. Nesse conjunto de obras foram demolidas algumas casas da Rua da Moura só ficando uma delas. O brasão que encima o portal foi trazido de uma das propriedades da Casa de Mateus na Cumieira.

Título: Casa das Quartas (9)
Local: Lugar das Quartas – Abambres
É uma construção setecentista de planta em U, de dois pisos. O resto do conjunto arquitectónico desenvolve-se em vários patamares. No prolongamento da fachada principal, com nove janelas no andar superior e nove óculos no piso inferior, encontra-se adossada no extremo a capela de invocação de Nª Sª da Capela e, ao lado, um painel que ostenta um enorme brasão. Esta casa tem o mesmo tronco genealógico da Casa de Mateus. A Casa das Quartas, através de alianças matrimoniais, está ligada a Casa de Vale de Nogueiras (cujo brasão se encontra num tanque, junto ao jardim interior), à casa  dos Morgados de Nossa Senhora do Loreto (de Sabrosa) e à Casa do Espírito Santo, de Favaios, de onde veio o actual brasão. Junto à casa existe o antigo edifício da azenha, ou lagar de azeite, que muitas gerações de avamorenses ainda conheceram. De igual modo, estas gerações recordam o incêndio, que testemunhámos também, aqui ocorrido no dia 1 de Janeiro de 1973, que destruiu o edifício principal do conjunto e o seu enorme recheio e arquivo da família.
No início de Setecentos eram senhores da Casa das Quartas, Luís Rodrigues de Carvalho (que foi almotacé da Câmara de Vila Real) e sua mulher D. Maria Pereira Teixeira de Carvalho. Esta casa teve alianças matrimoniais com a Casa do Paço, de Abambres. Pelo casamento, em 1914, do Dr. João de Barros Coelho Mourão com D. Maria Manuela de Medeiros, juntaram-se a Casas das Quartas e a Casa de Vale de Nogueiras das quais já era senhor,  à Casa de Sabrosa (Vínculo de Nossa Senhora do Loreto)

Título: Casa de Urros (10)
Local: Lugar de Urros - Raia
A parte mais antiga da Casa de Urros, anexa à capela, cujos antepassados já aqui viviam em casas mais modestas, foi mandada construir pelo Pe. José Alves Pereira Leite, nos finais do séc. XVIII. A parte restante, com acrescentos de duvidosa harmonia, são obra da 2ª metade do séc. XIX e do séc. XX. Nas traseiras da casa existe uma fonte artística com ameias. São de realçar os belos jardins de buxos e camélias. As gerações mais velhas ainda conheceram a penúltima administradora desta Casa, D. Maria de Lurdes Mendonça de Figueiredo Amaral, nascida em 5 de Agosto de 189. Casou em 17 de Outubro de 1928 com Fernando de Sousa Botelho de Almeida Leitão, músico. Foi uma grande benemérita da freguesia de Mateus, tendo cedido terreno para o campo do Abambres Sport Clube e outras instituições. Existe na freguesia uma creche com o seu nome. A Casa de Urros, como uma das mais importantes casas senhoriais da nossa freguesia, bem merecia ser objecto de recuperação.
Os senhores da Casa de Urros tiveram ligações matrimoniais com os morgados de Vila Cova (Botelhos do Amaral) cuja casa existiu onde funcionou o banco do velho Hospital da Misericórdia e hoje é Lar-Hotel da Misericórdia de Vila Real. Tem anexa a capela de Santa Ana que pertenceu à Colegiada de Santa Ana onde existe o brasão de família com os apelidos: Guedes, Amarais, Correias e Botelhos.

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